Sensor de Oxigênio – Falhas aleatórias, alto consumo e Anti Poluição
O motor de seu carro tem um defeito maluco que vai e volta e tem hora que nem pega? Ou ele está com um alto consumo de combustível, mau desempenho e um cheiro terrível?
A Sonda Lambda também é conhecida como Sensor de Oxigênio e tem a função de informar ao módulo o estado dos gases de escape. O gás que ela monitora é o de oxigênio, graças a um componente montado em sua extremidade que reage ao contato com o oxigênio presente nos gases do escape. Os gases de escape possuem vários componentes, e a informação da quantidade residual de oxigênio é muito importante para o cálculo de tempo de injeção. O chamado (TI) Tempo de Injeção, é calculado através de inúmeras informações, e quanto maior é esse tempo, maior será a quantidade de combustível injetada na câmara de combustão do motor de seu carro, e caso essa quantidade seja excessiva, é você que vai pagar a conta do desperdício. Mas, calma, pois alguém já pensou nisso, e instalou um Sensor de Oxigênio no escapamento e assim é possível avaliar se existe um excesso ou falta de combustível, vou explicar.
A regra é simples:
- Existe pouco oxigênio, é por que a quantidade de combustível está alta demais (excesso, ou mistura rica).
- Existe muito oxigênio presente nos gases do escape, é evidência clara de pouco combustível (falta, ou mistura pobre).
Claro que existe uma mistura ideal que é indicada por 1/9 para álcool e 1/14 para gasolina, ou seja, uma parte de combustível para X partes de ar. Quando existe um desequilíbrio nessa mistura ideal, o sinal do sensor de oxigênio é fundamental para que o módulo aumente ou diminua a quantidade de combustível, ou seja, ele altera o TI. O módulo de comando da injeção fica alterando o TI o tempo todo e é possível ver esse trabalho em um modo gráfico através de um equipamento chamado scanner, onde o profissional nota a eficiência da oscilação em busca de travamentos, congelamentos ou estabilizações irregulares nesse sinal que se parece muito com um exame de coração.
Um sinal de sonda que indica mistura pobre o tempo todo, pode estar apenas fazendo seu trabalho correto, pois a o que pode estar ocorrendo, por exemplo, é que a bomba de combustível está fraca e então ocorre uma mistura pobre por falta de combustível, ou seja, a sonda indica uma grande quantidade de oxigênio.
Um sinal de sonda que indica um mistura rica o tempo todo, pode estar informando, por exemplo, que o regulador de pressão está defeituoso, que um bico injetor está com uma vazão maior do que o normal e etc.
Agora se o sinal da sonda é mentiroso, existem 2 sintomas básicos.
- Sonda travada em mistura rica: Como a informação enviada ao módulo é de mistura rica, o módulo ordena a redução o *TI, e assim o carro fica fraco e com mau desempenho e as vezes chega a perder potência o tempo todo ou mesmo essa sonda pode gerar esse sinal de forma intermitente e você sentir o carro amarrar e depois voltar ao normal.
- Sonda travada em mistura pobre: Como a sonda informa que a mistura está pobre, o módulo de controle da injeção ordena o aumento do *TI e o motor acaba andando com excesso de combustível, o que geral alto consumo, mau cheiro no escape e um péssimo desempenho.
Anti Poluição
Um código de erro cada vez mais presente é o de Anti Poluição, já que muitos carros até mesmo chegam a indicar tal código no próprio painel do veículo, o que é muito comum em carros Franceses ou de alto padrão, mas atenção, pois o defeito indicado pode ser de uma bobina que não está centelhando bem ou falha nas velas, que acabam por não queimar o combustível corretamente e que acaba indo parar no sistema de exaustão, ocasionando um sinal de mistura rica e a troca da sonda em nada resolverá essa falha, pois ela apenas está informando o ocorrido no sistema exaustão e cabe ao reparador realizar o correto diagnóstico.
[adsense]Os sensores lambda trazem em sua composição um componente muito importante conhecido como dióxido de zircônio, quando esse componente atinge uma temperatura superior a 300°C ele se torna um condutor de íons de oxigênio. Com o auxilio deste componente, a sonda passa a identificar por meio de uma variação de tensão, a quantidade de oxigênio presente nos gases de escape. Esta tensão que pode ser medida em milivolts, varia de 0 a 1000mv e tal informação é enviada para unidade de comando. O sinal gerado é utilizado pela unidade de comando como base para o fator Lambda. Caso o dióxido de zircônio não atinja a temperatura ideal de trabalho, o seu sinal torna-se deficiente, e por isso indicamos que seja avaliada a resistência de aquecimento no momento da compra da sonda, mesmo em balcão de concessionária vale uma avaliação do sensor original e do novo com um multímetro, para que se possa validar a correta resistência da nova sonda. Existe ainda uma prática de aplicação irregular de sondas universais, que em muitos casos não atendem as especificações sensíveis do projeto, e que acabam gerando um problema maior ainda no veículo e uma dor de cabeça para o reparador que busca um diagnóstico preciso.
AR DE REFERÊNCIA
Um erro muito comum na instalação do sensor é a soldagem dos seus fios, mas atenção pois o fio que leva o sinal do sensor até o módulo também é responsável pelo ar de referência do sensor e você não deve solda-lo. Para conhecer o procedimento indicado pela Bosch, clique aqui.
* TI = Tempo de Injeção de combustível que incide sobre a quantidade injetada de combustível
* Sonda Lambda = Sensor de oxigênio